quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A empurrar

Os últimos 6 meses foram de grande mudança para mim. Estranho ter feito tantas em tão pouco tempo mas a vida é mesmo assim, dinâmica!

Dou por mim a estudar, com projectos fora da empresa e com o trabalho na empresa, de um momento para o outro, colossal!

Preciso de dias mais longos. Preciso de mais descanso.

Poderiam algumas vozes, mais conservadoras, dizer: "Deixa de sair pá! Ai sempre ganhavas um tempinho!"

Não!
Não abdico de sair, preciso de sair. "Laurear a pevide!" como dizia o outro. Preciso de falar com os meus amigos, de ver mulheres bonitas, de estar com elas, de ter bons momentos e diferentes.Mas falta-me tempo.... Não desanimo! Dá-me forças esta falta de tempo. Aceito o desafio e continuo a empurrar.

Poderiam outros dizer "E porque não desistes disto ou de aquilo?! Seria mais fácil...."

Não!

Mais fácil não! Pensar que, ultrapassada esta fase com sucesso, estarei mais forte do que nunca dá-me animo! Continuo a empurrar!

Para os próximos meses, reservo-me ainda mais mudanças. Quiçá ainda mais radicais do que estas pelas quais passo agora. Talvez ainda mais difíceis. Não tenho medo! Continuo a empurrar!

Qual Conan, saco da espada e vou lá para fora, sem medo. Venham eles (ou elas - salvo seja).

Cenas dos próximos capítulos?!?! O guião não está escrito. Ao contrário do cinema, sei que a continuação será, certamente, melhor que o primeiro!

Uma coisa é certa! Vou continuar a empurrar!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os esquecidos.

Neste pais da treta, depois do que tenho visto e ouvido falar de tanta coisa nesta campanha eleitoral, de tanta treta de conversa sobre o assunto TGV, de tanta parvoíce sobre os Espanhóis, sobre o "bicho" deficit democrático, de tanta bazófia sobre o Sócrates, qual saco de boxe, continuo sem perceber porque é que, nem UM ÚNICO partido fez uma referência aos deficientes Portugueses. Sobre a falta de apoio que têm do estado e da sociedade. Sobre o estado miserável em que muitos vivem. Sobre as injustiças a que são submetidos. Sobre a falta de trabalho. Sobre a maneira como, no fundo, são esquecidos e empurrados para um canto escuro e sombrio da nossa sociedade.

Neste âmbito somos terceiro mundistas. Cauda da Europa (a que já estamos habituados) não serve!... terceiro mundistas!

Como é possível esquecerem-se de quem tanto sofre? Como é possível a carga fiscal ser tão pesada? Não existirem subsídios para quase nada? E os que existem são uma vergonha. Serão assim tão poucos os deficientes? Não valerão os seus votos como os dos outros? Pois. Aqui é que está o busílis da questão. Como a maioria não vota, porque não pode, porque não tem condições, porque não tem vontade, perdem-se no vazio de uma mini-minoria sem importância.


Culpo os governantes, os que vieram, os que estão e os que hão-de vir. Culpo os partidos. Todos! Da esquerda à direita, passando por cima e por baixo. Culpo os jornais e seus jornalistas que pura e simplesmente esquecem ou querem esquecer em virtude de audiências. Culpo os lideres de opinião que não sabem ou não querem saber! Deviam saber!

Por fim, culpo-me a mim, por tanto tempo ter estado calado....

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Baba Yetu

Gostava de partilhar convosco esta música fabulosa, composta por Christopher Tin, californiano de origem chinesa.
Esta música além de fantástica, tem algumas particularidades que a tornam única. Trata-se de facto, da oração o "Pai nosso", que nos é familiar, cantada em Swahili.Trata-se também de uma música feita ....... para um jogo de computador. Mais propriamente o Civilization IV.
Num instante quebrou barreiras e tornou-se numa música Universal adaptada para inúmreros espetaculos, shows, e como no caso que vos mostro, para o programa "Planet Earth" da BBC.


Se gostarem podem fazer o download, de borla, em : http://www.civfanatics.net/downloads/civ4/music/BabaYetu.mp3 ou simplesmente procurar pelo nome no youtube.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Começa uma nova fase

Hoje foi o o primeiro dia depois de me ter separado daquela que foi, durante um ano, o amor da minha vida.

As pessoas sempre olharam para mim e me viram como um muro, um rapaz que controlava muito bem a sua dor. Muito positivo, sempre olharam para mim como um gajo divertido. Um gajo porreiro para se estar, com quem estar, em todas as alturas. Sobretudo nas más.
Agora é a minha vez.

Decidi, logo desde o primeiro instante, mesmo sabendo das dificuldades, que iria superar este mau momento. Olhar em frente e procurar, como tenho feito até aqui, uma vida melhor para mim e para os que me rodeiam. Cheguei a chorar um pouco mas depois disse "QUE SE FODA!"

Apesar de todas as fatalidades, acidentes e azares que já vivi, nã0 se apregoa tarefa fácil. Não faz mal. Se fosse fácil quereria dizer que tudo isto que senti durante todo este tempo era falso. Que não valia nada.

Devo - tenho que olhar em frente. Não vou renegar as memórias nem apagá-las. Decidi guarda-las. Para quê? Ainda não sei. Mas foi essa a minha decisão.

Decidi falar com um amigo e com o meu irmão. Expor-lhes a minha agonia. Ambos me disseram que era normal. Que tudo isto não passava de uma fase. Acredito neles.Disseram-me que falar faz bem.
Penso que falar faz bem. Partilhar, bem como dar o flanco para variar e expor-me só me ajudará. Acredito que, por exemplo, só o facto de escrever aqui, além de me treinar um bocadinho na escrita, ajudar-me-à a expurgar os pensamentos de infelicidade.
O meu irmão disse-me aquilo que um dia um bom amigo dele lhe tinha dito "Se não deu é porque não era para acontecer.". Quanta razão tem!

Não obstante, não me deixo de impressionar com, aquelas coisas que não dava importância. Aquelas pequenas memórias que já estavam apagadas. São essas a que mais me custa ultrapassar.
Impressionante também é olhar para pessoas muito peores do que eu que encaram a vida com um sorriso nos lábios. Acabei de ver uma reportagem na RTP - o 30 minutos. Nela apareciam desde doentes terminais, que não se conseguiam mexer nem falar, mas que, no entanto, sobriviviam, ao ponto de poder assistir ao casamento dos seus filhos. Tamanha alegria. Foi entrevistado também um tetraplégico, doença/lesão que me toca especialmente que dizia:"o meu objectivo é, através do meu optimismo, dar esperança aos outros. Mostrar que é possivel seguir em frente."
Vou fazer como eles. Aliás - já estou a fazer!!!

Ontem fui sair com uns amigos. Aliás, com um amigo e três raparigas. A conversa foi animada e durante todo o tempo não pensei nem uma única vez na Carmen. No final, qual cereja no topo do bolo, recebi um convite para ir ao cinema de uma delas(diga-se a que mais me suscita interesse). Aceitei.
Hoje fiz uma bicla a apertar. Objectivo 85% de esforço num percurso de 33 quilómetros só de subidas e descidas inclinadas (não fosse eu viver na Póvoa). Cheguei a casa quase sem água, nem na mochila, nem nas reservas do organismo. Mais um pouco e tinha começado a queimar musculo...
Entretanto falei com o meu amigo que teve a delicadeza de me telefonar para saber como eu estava. Fiquei contente, muito contente por ter este tipo de amizade. Nela me vou apoiar.

Começa uma nova fase.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A mãe de todos ......

(Passados 3 anos, decidi lembrar um pequeno artigo que escrevi num blogue de um amigo. Espero que gostem..)




....os concertos!

Lisboa, sábado 12 de Agosto de 2006. Calor insuportável.

Ainda com mazelas dos faduchos, italiano(a)s, “cobóis”, anãs com o peito de fora, manteiga que teimava em não sair das mãos e trinis da noite anterior, eu e o meu irmão arrancamos para o Porto. A viagem tarda cerca de 6 horas. Paramos em todas as bombas de gasolina para recarregar as baterias que parece que vão acabar a todo o momento.Penso para mim:

“Raio dos fados!

…”Das festas as vésperas!” - Já dizia a minha Mãe.

Assim nunca mais lá chegamos!

….

Perto das 17:30 chegamos ao dragão. Já se nota o zum-zum tipico de uma tarde de futebol. Só reparando na idumentária das pessoas que por ali param é que se conclui que hoje é um dia especial.

Contornamos o estádio, atrás de uns carros que parecem saber para onde vão (ou bão) na esperança de, como qualquer Elvense está habituado, estacionar o carro (ou quarro) mesmo ao lado do estádio. Passado algum tempo, reparamos num báldio para onde se dirigem alguns carros. Decidimos arriscar.

“5 Euros! E pode deixar o seu quarro aqui até às 3 da manhã carago. Aqui ninguém le roba o quarro! É à confiança!” - diz o “homenzinho”.

“Siga a marinha.” - pensei.

“Ficamos a 3 minutos a pé do estádio. Melhor que isto não pode haver!” - concluí.

Depois de estacionado. Dirigimo-nos, ou melhor, arrastamo-nos para o estádio. A ressaca nesta altura aperta e, tanto a mim como ao meu mano, parece que nos vamos desfalecer já ali, na praia, sem sequer chegar ao estádio.

As pilhas parecem carregar um bocadinho quando, um dos “stewarts” (ou lá como se escreve) que nos revista (ou rebista) à entrada do estádio nos diz:
“Agora é só curtir! Bom espectáculo!”

Entro e dirigimo-me imediatamente à loja de “Official Merchandise”. O meu mano segue-me de perto, cansado mas contente. Salta um “foda-se ca grande ké esta merda!” de vez em quando. No caminho reparamos na malta que ali está. Gente de todas as idades, dos 5 aos 50, alguns com mais. Uns com “t-shirts” que marcam a sua presença nos concertos em 1972, outros há com t-shirts de 1980, outros dos anos 90 (os passarinhos!).

O Rui esboça um sorriso e diz:

“Podes crêr puto! Os gajos já andam nisto à 40 anos…….”

Demoramos cerca de 30 minutos para escolher, mas por fim, cada um compra uma t-shirt (ou tishierte) para marcar este dia. É obrigatório!
Esta tem também um sabor e marca especial. É a primeira vez que vou com o meu irmão a um evento desta dimensão. Vale a pena a lembrança!

Damos por ali umas voltas e decidimos entrar no estádio. Já lá dentro vamos para a zona norte de onde se pode vêr grande parte da cidade do Porto. Que bonita vista. Pena que não haja paciência para essas coisas hoje. Decidimos que é melhor”encostar” um bocadinho antes que começe o concerto.

Deitámo-nos ali ao pé da porta 29. Num bloco de cimento que lá existe e que nos permite, sem ficar muito longe dos nossos lugares, descançar o corpo para quando chegar o momento estarmos, pelo menos, a 10%!
Enquanto estamos de “cabeça pró ar” vêmos um daqueles aviões publicitários, daqueles que se vêm muito nas praias do Algarve a anunciar festas em discotecas, que diz o seguinte:
“Mick, do you have the balls to come to **** tonight?! - Batata”

Tocam as sete da tarde. O tempo parece que anda devagar desde que chegámos ao Porto. Ainda faltam duas horas para começar!
Saimos do nosso poiso no cimento e vamos - tentar - comer qualquer coisa. Na fila para os cachorros somos chamados por umas meninas que queriam que fossemos para a “fila” delas. Perante tamanho elogio e simpatia quem somos nós para recusar?
Pedimos 2 cachorros e afastamo-nos das meninas com um sorriso.
“Estas raparigas do Norte!” - alguém suspira.

Começamos a comer aquilo que pensávamos ser um cachorro. Nesta altura lembro-me do Góis e da fortuna que ele faria num sitio como estes já que a competição, pura e simplesmente, mete nojo! Vão os dois “canitos” para o lixo ainda a meio.
“Não faz mal! Também não consigo comer nada!” - penso.
Contento-me com a coca-cola que está 5 estrelas.

Passado um bocado voltamos ao nosso poiso, onde aguardamos pacientemente que começe o espectáculo.

Já são as 20:00. Estamos nos nossos lugares à cerca de meia hora. Ao nosso lado, uma familia da zona, diverte-se revezando-se para ir buscar imperial. O mais novo ronda a casa dos 10 e o mais velho os 50. Assim são os concertos dos Stones!
O palco é simplesmente, espectacular. Faz um género de semi-circulo e por cima. Uma estrutura de 3 andares suporta o ecrã gigante, os fogos de artificio e - inveja - uns lugares especiais para pessoal que ganhou um concurso na RFM (dizem..). Uau!

Começa a tocar um grupo que ao principio não identifico. Têm um bom som concluo depois de breve discussão com o meu irmão. No final, tocam uma música que toda a gente conheçe e todos cantam. Afinal são os Dandy Warhols ( mind the typo!) e a música é aquela da Vodafone.

21:30. Os putos que foram abrir o concerto já sairam faz algum tempo. O pessoal no estádio, que entretando encheu, começa a impancientar-se. Começam os assobios. A familia ao nosso lado não pára de ir buscar cerveja. É a vez do gaIjo mais gordinho…

22 horas, as luzes apagam-se. O estádio fica completamente às escuras. Chegou a hora. O coração começa a palpitar e no estádio está tudo aos gritos e a aplaudir.O indicador de bateria, tanto meu como o do meu irmão, indica - carga máxima!
Ouve-se um estrondo. Tudo se ilumina de novo, os Stones entram em palco! Olho para o meu irmão e não lhe reconheço a espressão. Nunca o tinha visto assim, tal não é o entusiasmo.

Está na hora de “Jumping Jack Flash!”.

Durante quase uma hora o Mick toca, dança, pula, esbraceja, faz tudo o que um puto de 20 teria dificuldade em fazer. O público está ao rubro e o peso enorme que trouxemos da noite anterior parece que se esfumou. Transmite energia!
Tocam musicas de sempre, que todos conhecem. Brown Sugar, You cant allways get what you want,Its only rock and roll but i like it,Miss You,etc e uma do novo album Bigger Band. It wont take long se não estou em erro.
Está na hora do Keith Richards. O tal que, umas semanas antes, numa conferência de imprensa tinha dito o seguinte:
“Estou farto que venham bisbilhotar na minha vida privada! Isso que dizem agora de eu ter tido um acidente de carro é tudo mentira! O que me aconteceu foi que caí ao subir a um coqueiro! Mais nada!”
Este não se esquece de fumar um cigarrito em 3-4 passas antes de começar a cantar. O estádio aplaude sem parar.

23:00. O concerto vai a meio. Numa pequena pausa, discuto com o meu irmão a quantidade de músicas que faltam tocar. Que isto podia continuar até ás tantas.
Os stones voltam à carga. Ouvem-se explosões dos fogos de artifico, as luzes voltam-se a apagar e uns grandes focos iluminam os Stones que estão todos no centro do palco quando este começa….. a avançar. Incrivel, no final do movimento estão todos do outro lado do estádio. Como se o Vitor Baia fosse a correr de uma baliza à outra. Essa é a distância que o palco percorreu. Todo o estádio está de pé a dançar e aplaudir. Nunca tinha visto uma coisa assim. Nem quando o Benfica ganhava nos estádio da Luz. Tenho os braços - quais braços?! O corpo todo arrepiado!

23:38 Apagam-se as luzes e o grupo despede-se à pressa do público…… já ninguém cai nessa! Todos, novos e velhos, continuam de pé a aplaudir.

23:40. Volta-se a ouvir um estrondo, acedem-se as luzes e ouve-se a Fender do Keith Richards.Pronto! Aqui partem tudo! Estou de pé com as mãos a ferver e os braços cansados. O meu irmão idem. Não importa. Começam a tocar o Satisfaction!!!!
Dou por mim e grito canto. Faço tudo o que à umas horas atrás pensava impossível. Nunca vi, nem sei se vou voltar a vêr um ambiente destes.
“I can’t get no satisfaction,
I can’t get no satisfaction.
‘Cause I try and I try and I try and I try.
I can’t get no, I can’t get no.”

!!!!

24:00 Acaba o concerto, despedem-se os artistas perante uma plateia de gente que canta “Oéeee oéee oéee oéeee” - não fosse este o estádio do “drágon”. Fico triste. Quero mais! Prometo-me que nunca mais vou deixar passar um concerto destes. Quando cá voltarem - vão voltar! - estou lá de certeza!

As pessoas esperam 10 minutos a aplaudir de pé, a pedir que voltem. Desta vez caiu o pano. Acabou o concerto.

Saio do estádio com um problema:

Depois disto que mais me resta vêr?

:) I can’t get no satisfaction!

The Rolling Stones!!!!!

Abril

Como viver o 25 de Abril nos tempos que correm?!?

Onde nos enganamos? Porque é que ainda aqui estamos? O que mudou!? Será que mudou alguma coisa?!

O leitor poderá perguntar: "Epá! Ó Nuno mas que conversa é essa que estás prái a ter??"

Simples explicação:
Ontem vi uma reportagem na Sic sobre o Marcello Caetano. Devo-vos dizer que fiquei muito pensativo, sobretudo, quando na última parte da reportagem se fala na maneira como Marcello olhava para o Dinheiro e o Poder. Como, aquando da seu exilio, o dinheiro que deixa aos filhos (TODO!?) para ser distribuido, apenas dava (segundo a entrevista) para uma viagem de avião ao Brasil.... Como os vestidos que a filha usava, nos eventos públicos, eram feitos por modistas para poupar "papel" ao estado...
A maneira como descrivia o Mário Soares como uma "gajo normalissimo, aluno regular" e o Álvaro Cunhal "extremamente inteligente" foi outra. Porque raio é que escolhemos o gajo errado? O aluno regular???

Alguem dirá "Bom.... enganámo-nos!" ao que respondo:
"Epá tá-bem! Mas porra... ao menos podiamos variar.... aprender com o erros. Escolher o melhor para variar......"

Como viver o 25 de Abril??

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Deixem-se de tretas e força nas canetas

Todos os dias vejo noticias onde se critica o governo por isto e por aquilo. Se é a reforma da educação, ou ainda mais recentemente, as crianças que "passam fome" nas escolas. Se é o "caso Freeport" ou a nova lei que acaba com o sigilo bancário. Tenho a sensação que, pelo menos metade daquilo que me é transmitido pelos meios de comunicação, é a falar mal do governo.

Epá! Eu até sou a favor da critica. O que estou farto é de constantemente ver criticas, criticos e brigas mas o que nunca vejo são soluções! Nunca vi alguem, neste pais, criticar propondo alternativas. Nunca vi ninguém falar mal apresentando depois uma solução!
A pessoa que conheço mais anti governo é o meu Pai. Passa a vida a criticar, odeia o Socrates e tudo o que toca. Não tolera nada.Temos discussões infindáveis, onde a maior parte das vezes não chegamos a nenhum consenso. Compreendo o que sente. Compreendo a sua raiva e angústia para com as injustiças que acontecem todos os dias à nossa volta e que a ele, numa forma muito particular e fria, lhe tocam mais que à maioria.
"Quero todos aqueles incompetentes de lá para fora!" - diz tantas vezes.

"E quem lá pomos? O que mudamos?" pergunto..

"Não sei nem me interessa. Estou é farto destes gajos que passam a vida a fazer merda e só nos querem é entrar nos bolsos!Estou farto! Quero-os de lá para fora!"

Pois é. Não é só o governo que está mal. Na minha modesta opinião (MHO em internetez) está tudo mal! Basta ver um bocadinho do canal parlamento para perceber. Parece um circo. Chamam-se nomes uns aos outros, atacam-se e defende-se. Quando isto não chega e para marcar uma posição.. faltam! É ou não é um circo?!
Vêm-me à memória imagens de filmes que falavam da Roma antiga onde viamos os parlamentos com senadores interessados (porventura com agendas próprias...) mas interessados! Interessados em fazer crescer a sua Roma, atentos ao que todos diziam, mesmo que não concordassem. Porque é que aqui não pode ser assim ?(obviamente, a parte dos assassinatos em pleno forum,etc.. podemos deixar de parte)

Mas não são só os politicos.......

Pergunto: Não será a hora de deixarmos de governar e "opositar" a este pais com sentimentos e começar a usar a cabeça? Se virmos bem, já passaram mais de dois mil anos desde que tudo começou. Não será altura de evoluirmos? De começarmos a ter os politicos que merecemos e eles um povo educado, politicamente consciente, que os apoia e corrije?
Não acham que já é tempo de terminarmos com esta "mesquinhês" que nos é tão caracteristica e começarmos todos a tentar ajudar a fazer um pais melhor?! No fim - se olharmos com atenção para além do nosso umbigo - quem são os beneficiados?! É isso mesmo, somos nós, os Portugueses!

Revolucionários sempre fomos. Desde o tempo do D.Afonso Henriques que nos sublevamos com o coração e levamos a nossa avante. Enfrentámos dificuldades enormes. Mouros, fome, cercos, os Espanhóis e a até Fascimo. Superámos tudo com a nossa paixão. Mas nos tempos que correm, só o coração não chega! É preciso usar a razão!

Quando é que os nossos politicos (se é que se lhes pode chamar isso) mas, especialmente, todos nós, Portugueses de meia tigela começamos realmente a desempenhar o nosso papel? Como dizia a canção, arranjem força nas canetas e se deixem-se de tretas! Toda a gente sabe que o maior é Portugal!